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27.8.09

PINDA SEDIA O VII ENCONTRO DE ATAXIAS DA ABAHE

O evento aconteceu no auditório da Fapi e contou com a presença de cerca de 120 pessoas, dos Estados de São Paulo e Rio Grande do Sul

por Flávia Correia

A Associação Brasileira de Ataxias Hereditárias e Adquiridas (ABAHE) promoveu, no último dia 26 de abril, sábado, o VII Encontro de Ataxias. O evento aconteceu no auditório da Faculdade de Pindamonhangaba, antigo Clube Literário, entre as 14h e 19h, e contou com os apoios da FAPI, da Tani Motors, do DiaDia News, da Gráfica São Benedito, da MilClean e do Rotary de Pinda.
O público, composto por cerca de 120 pessoas, entre atáxicos, cuidadores, familiares e profissionais da área de saúde, das cidades de Pindamonhangaba, Taubaté, São Paulo e do Estado do Rio Grande do Sul, foi contemplado com palestras de fundamental importância, ministradas pelos profissionais: Juliana Madureira (mestre em Periodontia e professora da FAPI), Pollyana Scutti (terapeuta ocupacional e psicomotricista), Cássia de Sousa (assistente social da UNIVAP), Carlos Lessa (diretor do Seort – Serviço de Orientação e Análise Tributária, de São José dos Campos) e Maria Cecília Varejão (terapeuta holística).

A professora Juliana, que tratou do tema “Prevenções Odontológicas para Pacientes com Dificuldades Motoras”, começou sua palestra falando do valor da saúde bucal, de uma forma geral, e, especialmente, para os portadores de ataxias, salientando todos os problemas bucais aos quais essas pessoas estão sujeitas, as formas de prevenção, os cuidados e os tratamentos para cada um desses problemas. Ressaltou a importância do auto-exame bucal e da visitação regular ao dentista de 4 em 4 meses, e ensinou técnicas de escovação tanto para os atáxicos que ainda conseguem cuidar da higiene bucal sozinhos quanto para os cuidadores daqueles que possuem dificuldades neste aspecto. No momento de sua apresentação, alunos de Odontologia da FAPI mostravam à platéia algumas escovas de dente adaptadas, a fim de detectarem entre os portadores quais os tipos mais funcionais.

A palestra da terapeuta ocupacional Pollyana Scutti tratou da importância da Terapia Ocupacional e da Psicomotricidade para portadores. Primeiro, Pollyana explicou do que se trata a terapia ocupacional e o que é psicomotricidade. “O objetivo principal do TO é avaliar as dificuldades e detectar as principais debilidades motoras, para, então, formar um plano terapêutico e desenvolver atividades específicas para as necessidades próprias de cada pessoa, como indivíduos e não como partes de um todo. E a psicomotricidade é uma área da saúde e educacional que trabalha o indivíduo em três aspectos: motor (físico / orgânico), afetivo (emocional) e cognitivo (aprendizado)”, explicou a profissional. Pollyana também exibiu acessórios confeccionados pelos TO’s, adaptadores de objetos de uso pessoal dos atáxicos, como escovas de cabelo, talheres, etc, além de tipos de órteses utilizados, como extensores de punho e dedos e flexores de cotovelo.

A assistente social Cássia de Souza falou dos direitos dos portadores de deficiências físicas, citando cada lei criada para facilitar o convívio social. “Limitação não diminui direitos. Fazemos parte de uma sociedade evolutiva, e devemos respeitar e fazer cumprir os direitos de cada cidadão, portador de deficiência física ou não. Leis têm sido criadas para a garantia desses direitos, o que já é um grande passo. Mas, apesar delas, percebemos que são excluídas da sociedade as pessoas consideradas diferentes. Precisamos, então, conhecer e reconhecer essas pessoas que vivem a nossa volta, excluídas por nossa própria ação. Se desejamos realmente uma sociedade democrática, devemos criar uma nova ordem social, pela qual todos sejam incluídos no universo dos direitos e deveres”, afirmou.

O tema “Isenção de Impostos sobre Automóveis” foi trabalhado pelo diretor do Seort (Serviço de Orientação e Análise Tributária da Receita Federal ), Carlos Lessa (carlos.siqueira@receita.fazenda.gov.br). Segundo ele, é garantido o direito à isenção ou desconto de impostos sobre automóveis para portadores de deficiências física, visual, mental (severa ou profunda) e autistas. Carlos explicou o procedimento para requerer esse direito: “Deve baixar o formulário na página da receita na Internet, na sessão de downloads, e anexar laudo de avaliação das deficiências, emitido por médico do serviço público de saúde ou do serviço privado, desde que contratado ou conveniado ao SUS”.

Por fim, a platéia pôde ouvir a palestra da terapeuta Maria Cecília Varejão sobre “Florais de Bach” no tratamento a portadores de ataxias. Em primeiro lugar, a terapeuta falou quem foi Dr. Bach e como ele descobriu os florais. “São catalisadores vibracionais que preenchem os vazios energéticos causados pelo stress e energias negativas”, explicou Maria Cecília sobre os florais, elucidando para que servem as 38 essências dentro do organismo humano.

Segundo a vice-presidente da ABAHE, Priscila Fonseca, de Taubaté, o encontro não seria possível se não fosse a ajuda de todos os voluntários da associação: “Foi tudo perfeito! Todos trabalharam incansáveis, como células que trabalham para sustentar a vida de um ser. E foi o que o evento passou, a preocupação com o ser humano, com a vida. Os conhecimentos transmitidos com todo o carinho e cuidado, a boa vontade, o respeito, o carinho com que todos acolheram cada pessoa, os registros de cada momento, os patrocínios que foram essenciais para que o evento ocorresse (sem espaço físico e sem dinheiro, doações, trabalho voluntário nada seria possível), os amigos que ajudaram com transportes, facilitando o acesso de portadores sem condições... Todos tiveram um papel importante”, agradeceu Priscila.

Para mais informações, acesse http://www.abahe.org/.


Fotos de Rogério Lucena: http://picasaweb.google.com.br/prifonseca10/EncontroDeAtaxias200802

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